Lavava
tuas roupas sem esquecer e tirar a tua essência, fazia teu jantar independente
do dia da semana e do que eu tivesse que fazer, afinal, tu chegavas acompanhado
da razão e do ar de superioridade, o que me fazia ter certeza de que eras tu...
Eras tu que fazias meus pés hora se firmassem ao chão, hora acompanhassem os
movimentos das nuvens... Tu tinhas teu jeito de controlar as situações, e eu, ser medíocre, por
ser desprovida de sentimentos ou razão, te fitava e vidrava meus olhos no que
tu me fazias ser, e, acima de tudo, em tu.
Quem eu era? Apenas um ser dependente da tua atenção, das tuas palavras de sabedoria e de alguns abraços que me forçavam, por extinto, a tirar tuas roupas e suspiros.
Eu te convidava, mas era você quem me conduzia.
Eu era tua.
Eu era tua projeção; tua cópia imperfeita, até porque a insegurança traz a imperfeição.
Eu era a submissão perfeita. Tua satisfação era meu pão de cada dia e minha fome era insaciável.
Eu era.
Quem eu era? Apenas um ser dependente da tua atenção, das tuas palavras de sabedoria e de alguns abraços que me forçavam, por extinto, a tirar tuas roupas e suspiros.
Eu te convidava, mas era você quem me conduzia.
Eu era tua.
Eu era tua projeção; tua cópia imperfeita, até porque a insegurança traz a imperfeição.
Eu era a submissão perfeita. Tua satisfação era meu pão de cada dia e minha fome era insaciável.
Eu era.