Tive receio em dizer quanta pena tenho de ti por imaginares situações utópicas, mas de linguagens claras. Contudo, digo: sinto pena de quando tu tentas convencer as plantas sem raízes que brotam à mercê de teus desejos; diria, pássaros presos em gaiolas - as metáforas teriam o mesmo efeito.
Tenho pena da tua limitada sabedoria à longo prazo. Tua idade não te ensinou o que a vida tinha que ensinar: viver. Desprezo tuas rugas, teus cabelos brancos, teus sessenta e pouco anos. Tu és, de fato, aquilo que convém da personalidade, não da maturidade.
Aprendi a rezar pela tua alma, que clama por vida... Súplica do passado mal vivido.
Não te seguro, não te aconselho. Este é o teu fim. Mesmo que te arrependas, aceites essas condições que tu mesma impôs. Fazes teu ser apodrecer. Podre tu já és, falta, apenas, descobrirem que teu corpo está frio, já que teu estado de alegria é vegetativo.
Me condenem... Já! Adoram me culpar por erros alheios.