segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sorte


Todos nós nascemos em busca da felicidade. Seguindo meu exemplo, posso perceber o quanto isso é natural e desejado. A gente chega num ponto da vida em que a corrida fica cada vez mais esquecida, e a gente deixa pra lá um pouquinho desse sentimento de perseguição. É aí que a gente pára pra sentir cada pedacinho da estrada. Às vezes, no caminho, enfrentamos tempestades. Às vezes, tropeçamos em alguma pedra. Mas a queda traz recompensas quando conseguimos nos reerguer e sentir a brisa bater no rosto, levando para trás as dores de nossas quedas, e o frio de todas as tempestades.

Acredito que minha sorte tenha sido perceber isso, há, exatamente, 1 ano e dois meses. Tenho encontrado muitas tempestades, que se dissolveram diante de tanta alegria que eu ganhei. E as quedas, hoje em dia, me nivelam à uma bênção tão pequenininha, que nem sabe ao certo quem é, e a inocência de seu sorriso me faz esquecer de algum arranhão possível. Ao me levantar dessa queda, encontro uma mão que levanta meu rosto, e faz seus olhos encontrarem os meus, deixando fácil perceber que alguém estava me fitando com olhos de amor o tempo todo. E, então, me pergunto: "de que me adiantou chorar por todo esse caminho, se encontraria um sorriso e uma mão tão importantes um dia?"... aguardo a resposta da vida. Assim como aguardo a minha felicidade...

Mas, de uma coisa eu estou certa: se nada vir um dia, é porque já fui contemplada. E, desde já, agradeço todos os dias.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Vírgulas e reticências


Previsões, horóscopos e combinações. Tudo estava escrito... tudo estava certo que eu teria e viveria presa à essa condição.

Me sentia forte. O tempo me fortaleceu. A distância mais ainda. Nada daquilo aconteceria de novo - estava certa. Mas todo o tempo e toda distância se tornaram pequeno diante de dias, que foram alterados e diminuídos para poucos segundos, através da evolução tecnológica.

Eu sei que nada seria igual ao que era antes. Resolvi apelar para a esperança... e dentro de mil chances que ainda terei na vida, entrei numa apelação em vão.

Essa sou eu, então, fingindo não doer... encontrando sentimentos, como a esperança, e me apegando a cada um deles. Me apoiando em pessoas, e, involuntariamente, me perdendo em você...